Apesar da nossa economia estar crescendo num ritmo bem menor que o esperado este ano, os negócios envolvendo fusões e aquisições de empresas continuam crescendo. Grandes corporações internacionais com  altos caixas, pressionadas por investidores a aplicá-los em ativos de crescimento potencial, e investidores de fundos de private equity com bilhões de recursos em caixa estão sedentos para fechar negócios, que foram adiados, principalmente  pela crise global. Só para se ter uma ideia, nos primeiros seis meses do ano, a compra e venda de participações em empresas brasileiras movimentou quase US$ 45  bilhões, envolvendo 417 negócios. Isso representou um aumento de 7% em relação a igual período de 2011. Para o segundo semestre, a tendência é que este tipo de negócio continue aquecido.

Eu conversei com o diretor da Acal Capitals, Luis Gelinski, e ele me disse que os setores mais demandados  hoje pelas empresas estrangeiras no Brasil são os que apresentam maior crescimento como os de pré-sal, fornecedores da cadeia agrícola, peças de tratores e insumos para agricultura, companhias ligadas às áreas de alimentação animal e humana e empresas da área florestal.

Aliás, a Acal Capital, que tem sua sede em Curitiba, foi a responsável pela operação que envolveu a venda, esta semana, da Touch para o Grupo Technos, no valor de mais de R$ 20 milhões. De acordo com o diretor da Acal, para as empresas que querem crescer , mas não têm recursos próprios para investir, a melhor opção hoje é a venda ou a associação a um grande grupo, seja ele nacional ou estrangeiro . Embora o custo do dinheiro esteja caindo, o executivo afirma que é muito arriscado tomar dinheiro em banco para ampliar o negócio.

Fonte: Mirian Gasparin